O Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, tem enfrentado limitações técnicas para o recebimento de aeronaves de grande porte, em situações de voos alternados internacionais — aqueles que precisam pousar em um aeroporto não previsto originalmente no plano de voo. Apesar disso, a Zurich Airport, empresa responsável pela administração do terminal, afirma que o aeroporto está apto a receber, quando necessário, esse tipo de voo.
Atualmente, o terminal não dispõe de um trator rebocador compatível com aeronaves da categoria E, como os modelos Boeing 787, Airbus A330 e A350, que possuem envergadura superior a 52 metros e exigem suporte específico para manobras em solo. De acordo com a concessionária, pousos de emergência ou alternados seguem operando dentro dos parâmetros de segurança estabelecidos pelas normas aeronáuticas.
Em razão da ausência do trator rebocador para pushback (deslocamento), os passageiros precisam desembarcar por meio de escadas com o apoio de ônibus, algo menos confortável que a saída pelos gates, que são as pontes de embarque. Em Natal, a empresa DNATA é a responsável pelas operações de handling – serviços prestados em solo para apoiar as operações de uma aeronave. A reportagem tentou contato com a empresa, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.
A Zurich explicou ainda que a baixa frequência de voos alternados operados por aeronaves widebody em Natal desestimula o investimento na aquisição do trator rebocador. Em termos operacionais, a empresa considera a escada móvel suficiente para o desembarque de passageiros nessas situações.